domingo, dezembro 05, 2010

BB, o Banco de Bosta

Antes de enveredar pelo protesto das próximas linhas, deixo claro que não sou, e provavelmente nunca serei, adepto da filosofia neoliberal que defende que serviço bom é serviço privado. Não. Sou defensor do serviço público, de um serviço público verdadeiramente a serviço da sociedade, com qualidade e alinhado às necessidades da população e, especialmente, às tendências do mundo real. Por isso, sinto-me absolutamente confortável para dizer que o Banco do Brasil, que se vangloria incessantemente de ser o maior banco do Brasil, é, na verdade, o PIOR banco do Brasil.

Em termos de atendimento ao púbico, o Banco do Brasil é uma vergonha institucionalizada. Está completamente desarticulado com o que há de moderno e eficaz no planeta Terra quando o assunto é prestar um serviço de qualidade aos clientes.

Já tive dezenas de aborrecimentos com essa lamentável instituição, das mais diferentes ordens. Se você é cliente desse banco e o acha bom, é porque certamente nunca precisou de um serviço que fugisse pelo menos um pouquinho do trivial. O fato de ter agências em todos os recantos do Brasil gera uma falsa sensação de bom serviço. Mas, quem precisa de algo pelo menos um pouquinho fora da rotina bancária sofre nas mãos desse banquinho de merda.

Os operadores de telemarketing do BB parecem usar aquelas viseiras de burro que os obrigam a olhar apenas para o que está imediatamente a sua frente. Não conseguem e não têm a menor criatividade, iniciativa ou boa vontade de tentar resolver algum problema do cliente. Nas agências, onde o serviço também é marcado pela incompetência, as reclamações também são infinitas. Certa vez, quando questionei a imbecil da gerente sobre a razão pela qual reduziram (sem qualquer informação) meu limite para pagamento via internet ou caixa eletrônico, ouvi dela que era “por questão de segurança”.

A jumenta não entendia que eu tinha dinheiro suficiente na conta e que queria pagar uma simples fatura de cartão de crédito – também meu! Em plena era da informação, o serviço obsoleto e burro desse banco nos obriga a ir às agências para resolver questões que todos os outros bancos em que tive conta sempre resolveram via telefone, anos atrás, e qualquer hora do dia (mesmo em fins de semana e feriados). Na bosta do BB, não. Você tem de ir à agência para resolver um problemas causado por eles.

Aí, a gerente, diante da minha impaciência e incredulidade com tamanha burrice, disse que realmente era para minha segurança. “Já imaginou se o senhor for seqüestrado, senhor Wagner?”. Não agüentei. Olhei pra cara da anta e falei. “Se um dia eu for seqüestrado e o bandido pedir pra pagar a minha fatura de cartão de crédito, eu digo que este mundo está salvo e que esse bandido será meu amigo!” As pessoas ao meu redor, certamente solidárias ao meu drama, e muito provavelmente aguardando a sua vez de passarem por aborrecimentos semelhantes, não só riram, como concordaram e teceram alguns comentários de reprovação à postura do BB.

Já tive muitos problemas com esse banco (que nem vale mais a pena relatar), e hoje tive mais um. Nem foi dos mais graves, mas foi o suficiente para não me permitir mais suportar calado (ou sem me manifestar de alguma forma) à tanta burrice e descaso. Na verdade, desde ontem tento fazer uma simples operação de transferência, chamada DOC. Como é fim de semana, minhas opções eram telefone ou internet. A informação era de que os serviços estavam indisponíveis.

Bem, deixei para hoje. Fui a um shopping de Brasília com o intuito de assistir a um filme no cinema, comprar um presente pra minha sobrinha e, de quebra, tirar uns trocados num caixa eletrônico, até mesmo para pagar o estacionamento do shopping. Afinal, em plena época do dinheiro de plástico, poucos são os que andam com cédulas nas carteiras.

Ao chegar a minha vez de ser atendido na fila do cinema e entregar meu cartão para fazer o pagamento em débito, o atendente informou que o cartão estava com o sistema fora do ar. Tudo bem, pensando ser um problema localizado, saí da fila e fui ao caixa eletrônico do BB para tirar dinheiro. Estranhei quando não vi uma fila diante da máquina e, para constatar que havia mesmo algo estranho, deparei-me com a mensagem pedindo para utilizar outro terminal. Tentei um do banco 24 horas. Mesmo pagando taxa relativamente alta, não me importei, até porque era a única opção.

Vi que algumas pessoas à minha frente saíam irritadas depois de tentar utilizar a máquina. Mas pensei que eu teria mais sorte. Engano. Ao inserir meu cartão, li a mensagem de há uma falha de comunicação com a minha instituição bancária, ou seja, a bosta do Banco do Brasil. Já irritado, telefonei pra lá, até mesmo para desabafar. Mas, e quem disse que o serviço de telefone estava funcionando? Depois de o idiota aqui ter digitado os números da agência, conta bancária e senha, surgiu a mensagem de que “por problemas técnicos a operação não foi realizada”. Acontece que sequer cheguei a fazer alguma operação, e, cinicamente, a ligação cai na cara do cliente. Tentei muitas outras vezes, só pra ter certeza de que o problema não era comigo ou com meu telefone. A mesma coisa, em todas as tentativas.

Meu drama começou a se desenhar. Não levei o outro cartão de crédito que possuo, não estava com talão de cheque e, em minha carteira (pra minha sorte), jaziam apenas duas cédulas de R$ 2,00 (algo raro, porque realmente não costumo carregar dinheiro algum). Meu medo não era mais nem deixar de assistir ao filme, não poder comprar o presente da minha sobrinha ou deixar de fazer o lanche que eu estava tão disposto a fazer. Era, isso sim, ficar preso no shopping por não poder pagar o estacionamento. Tá, ainda bem que não aconteceu, mas seria uma boa razão pra um processo por danos morais contra essa instituiçãozinha de merda. Corri para pagar o estacionamento, porque depois de duas horas o preço aumenta, e saí de lá direto a um supermercado onde existe um caixa do BB. Sou otimista, vocês estão vendo. Mas, pra minha decepção, cheguei lá e novamente me deparei com a mesma mensagem. No caixa 24 horas também a mesma coisa. Absurdo. Eu ainda precisava comprar algumas coisas no supermercado, mas, sem dinheiro, sem cheques e sem cartão de crédito, só se eu aderisse à marginalidade.

Pois é, desculpem o desabafo, mas esses sucessivos desrespeitos desse banco merda são inadmissíveis. Por isso, faço aqui meu protesto, ainda que silencioso. Caso você também tenha queixas, pode-as deixar registradas aqui.

Um comentário:

turco disse...

Não chamem o Banco do Brasil de BOSTA....coitada da BOSTA!!!