terça-feira, julho 19, 2005

O pileque das "coroas" e outras sobre o Lupi

A noite de sábado foi uma das mais hilárias dos últimos tempos. Primeiro, fizemos uma visita a nossa amiga Simone que, junto com a Jane, estava vestida para matar nos embalos do Café Cancun. Só participamos da prévia, no apê dela e, pela determinação de ambas, a coisa deve ter rendido...
Depois, voltamos pra casa para levar a minha mãe e a amiga dela (Elenara, que veio de Porto Alegre só pra matar as saudades de dona Sueli) para conhecer um famoso café de um francês aqui de BSB. Mas o veado do francês está de férias e deixou o estabelecimento fechado. Ficamos com a cara "na chom" e tivemos de mudar o itinerário. Redirecionamos os nossos planos para a Asa Sul, mais exatamente para uma cachaçaria que, além de muita bebida boa, tem também bons pratos.
Apesar do despreparo e das trapalhadas de um garçom novato e muito mal educado, tudo correu perfeitamente bem. O frio, no entanto, incentivou-nos a ousar saborear algumas das especialidades da casa, como um drink à base de morango com champanhe, no meu caso, e morando com cachaça, para dona Sueli — totalmente desacostumada a consumir "água-que-passarinho-não-bebe". A amiga dela foi na mesma onda e, com o passar das horas, as duas esqueceram o frio e riam mais do que hienas em show de humor. Eu e a Vivi, é claro, ríamos delas duas. Foi hilário. A cada bicada, as duas contorciam-se de tanto rir sobre qualquer coisa —principalmente sobre o estágio de euforia que haviam atingido. E olha que não repetiram as doses.
Na hora de ir embora, tive de levar o carro para perto das duas, já que elas não conseguiam garantir poder andar em linha reta — ou poder andar, na verdade. Entraram no carro rindo sem parar, desembestaram a falar em francês (sim, as duas são professoras de francês e se conheceram na terra do De Gaulle) e pediam para que o pilequinho fosse mantido no mais absoluto sigilo — pedido que, é claro, eu disse que não atenderia!
No trajeto, dá-lhe mais gargalhadas, lembranças das bagunças que ambas aprontaram em terras de França e perguntas esdrúxulas sobre o caminho que estávamos percorrendo. Dona Sueli, por exemplo, quis saber por que a Catedral, que ela sempre vira do lado esquerdo do carro, estava, àquela hora, do lado oposto. Huuuummm. Essa foi a prova de fogo. Ou melhor, a prova de que estavam DE fogo. Ao chegarmos em casa, a Elenara só fez trocar de roupa, ajeitou sua caminha e se deitou, mas sem parar de gargalhar. Dona Sueli precisou se sentar um pouco, pois a casa insistia em girar ao seu redor. Dei-lhe uma caneca de leite, calcei-lhe as meias e a conduzi pra cama. Quando pensei que tudo havia terminado, eis que ela levanta e, muito mais pra lá do que pra cá, abre a porta do quarto e implora: "Waguinho, amanhã você me explica por que é que a catedral estava do outro lado?".
***
Fiquei devendo a confirmação da mudança do leito do Lupi do nosso quarto para outro cômodo da casa. Pois bem, deu certo. Agora, o capetinha está dormindo na sala. E, ao contrário do que temíamos, não reclamou.
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Sobre o xixi e o cocô, ele apresentou, não por culpa dele, um pequeno retrocesso — mas já o está superando de novo. No sábado passado, quando ele já estava se acostumando a fazer as necessidades no jornalzinho, a Vivi inventou de comprar uma espécie fralda para ser colocada no chão. A conversa do vendedor era de que aquele material, que absorve o xixi e não suja o chão, facilitava ainda mais o aprendizado do animal etc. Alguém acredita nessa conversa? Não, né? Mas a Vivi acreditou — e gastou 20 dinheiros com isso. Pois bem, colocamos a tal da fralda no chão e, a partir de então, o bicho voltou a mijar pela casa inteira — e a fazer cocô também. Não tinha bronca que desse jeito. Ontem, quando fui dar a ração dele na hora do almoço, e encontrei o apartamento todo "premiado", tomei uma decisão radical. Peguei a porra da fralda, joguei-a no lixo e recoloquei o jornal no local. Desde então, minha gente, o Lupi voltou a fazer tudo em cima do jornal. Cachorro de jornalista é outra coisa, né?
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Lalá, obrigado pelas dicas sobre como segurá-lo para alicar o remédio. Na verdade, já estamos conseguindo fazê-lo sem maiores problemas. Eu aprendi a segurar o bicho, e a Vivi, a pingar o remédio e a massagear a orelhinha dele depois de medicado. Segundo a veterinária, ele já está quase bom da otite.

Um comentário:

Anônimo disse...

O mais engraçado é que Dona Sueli dizia: "Wagner, você vai esquecer isso, não é?", "Ai, o que meus filhos vão pensar...Sou uma mãe de família", "Wagner, Vivi não vai ficar chateada, não?". Até parece... GianLucca (é assim que escreve?), o filho da Jane, que o diga...Ele me flagrou tentando colocar refrigerante no copo com a garrafa fechada....coisas de bebum...Vi