terça-feira, maio 24, 2005

Qualquer semelhança...

Assim como faço sempre que acordo, liguei hoje a TV para ver as notícias. Nada de mais, afinal, eu acordei tarde, na hora em que já tinham começado aqueles programas como o daquela coroa que conversa com um papagaio de borracha e dá receitas. Em um dos outros canais, uma reportagem mostrava uma empresa especializada em adestrar cães, principalmente para atuarem em comerciais de TV.
Muito interessante. Os cachorrinhos faziam coisas que muitos dos humanos não conseguem fazer.
Aliás, foi isso que me chamou a atenção.
Num primeiro momento, pensei: "que bichinhos interesseiros e falsos, hein? Basta ofecerer um biscoitinho ou um carinho, que os danados fazem umas peripécias".
Mas, depois, refletindo sobre o assunto, me dei conta de que não são eles os interesseiros. Muito menos os falsos. Agem assim porque são condicionados a fazer o que lhes ordenam, em troca, muitas vezes, de comida.
Fácil de entender.
Difícil de entender é a raça à qual pertencemos. Não a raça como um todo, claro, mas alguns componentes dela. Em vez de biscoitos, basta oferecer-lhes status, dinheiro ou vida boa. Pronto, fazem o que até Deus e o Diabo duvidam. Dão carinho ou dão as costas de acordo com as conveniências. Se aqueles a quem repugnavam há pouco tempo lhes acenam com uma benfeitoria qualquer, temporária ou não, os desalmados já os aplaudem. Aliam-se aos inimigos de outrora e convertem ao papel de vilão aquele a quem — também há pouco — faziam juras de amor eterno, ou pelo menos de companheirismo. Insustentável leveza do ser ou irremediável ausência de caráter? Ambos juntos, certamente.
O cão, pelo menos de acordo com o que dizem os especialistas, não renega o seu dono, aquele por quem nutre carinho, admiração e respeito. Já o bicho que se diz humano...

3 comentários:

Anônimo disse...

Que bicho mordeu vc, Wagner? Nossa, quanto rancor no coração...(rs). Aproveitando essa sua fase pró-cães, o que acha de, finalmente, autorizar a entrada de um lindo poodle lá em casa? Bjs, Vivi.

Wagner Vasconcelos disse...

Meu morequinho lindo. Confesso que, ultimamente, até tenho pensado na possibilidade de te presentear com um "au-au". Mas, quando penso não só no trabalho, mas nos inconvenientes que isso pode trazer — como nos impedir de viajar —, desisto da idéia. Quem sabe um dia...
Quanto ao bicho que me mordeu, não foi nenhum específico. São apenas constatações a respeito desse mundo maluco e seus seres esquisitos. E uma correção: ao contrário dos bichos humanos sobre os quais escrevo, não tenho rancor no coração... só medo que um desses deles venha pra perto de mim. eh eh eh
Beijos, meu amor!

Anônimo disse...

Taí uma verdade, Wagner...
Os cachorros são bem mais fiéis que muitos seres humanos.
;)
Bjo,
Lu.