segunda-feira, maio 02, 2005

Feriadão, o bronze e o poema redentor

Não tive tempo de comentar com vocês ao longo desses dias, mas o fim de semana retrasado, o do feriadão, foi mais do que ótimo. Como alguns estão sabendo, fomos para Pirenópolis, histórica, bonita e “encachoeirada” cidade do estado de Goiás. Dessa vez tivemos a agradável companhia da Jane e do Giovanni. Mas, além de regressar com as baterias recarregadas devido à paz do local, trouxe literalmente na pele as conseqüências de minha inconseqüência. No último dia, talvez por querer prolongar ao máximo aqueles preciosos momentos, passei a manhã inteira na piscina, sob um sol incrivelmente brilhante. Acontece que, empolgado com a graça do astro-rei, me esbaldei sem sequer me lembrar de besuntar-me com o protetor solar FPS 45 que carrego sempre comigo para essas ocasiões. O resultado foi uma pele absurdamente vermelha e intocável. Ao voltar pra casa, percebi que o vermelho se intensificara ainda mais e que eu mal conseguia me mexer! A Vivi, numa atitude meio dermatologista, meio curandeira, lambuzou-me com uma pasta que ela mesma criara. Era uma meleca à base de álcool, talco, hidratante e não sei mais o que (devia ter até papoula da Índia coberta com mussarela de búfala casta). Não resolveu o problema por inteiro, é óbvio, mas aliviou bastante. O lado bom do sofrimento foi o sucesso que fiz no trabalho. Enquanto a maioria estava com aquele bronze escritório, eu estava ali, esbanjando melanina... Mas acontece que pão de pobre sempre cai com a manteiga pra baixo. Desde quinta-feira, o bronze está indo embora. O pior é que está levando com ele camadas e mais camadas de minha pele. Estou despelando (ou descascando, com dizem outros) mais do que cebola ressacada. Bem, outra coisa legal do feriadão foi o fato de não ter chovido. Bem, pelo menos não choveu o quanto pensei que choveria — ou que merecíamos. É, merecíamos. Vocês não sabem, mas é uma história complicada. As doidas da Vivi e da Jane organizaram todo o feriadão, pensaram em todos os detalhes, pesquisaram entre hotéis, pousadas etc, mas, vejam só: no meio de tanta confusão, acabaram não convidando formalmente a Lalá, nossa amiga de fé, nossa irmã camarada. No almoço do meu aniversário, dois dias antes de viagem, estávamos todos, inclusive a Lalá, conversando sobre a viagem, quando, de repente, a Lalá, questionada sobre se iria conosco, revela que não fora convidada... uma bomba caiu sobre os nossos cabeções. “Mas, como não?”, pensei eu, meio sem graça. Espírito de luz que é, a Lalá levou na esportiva, brincou, dizendo “não fui convidada” e, também com ar de brincadeira, disse que seríamos castigados com chuvas torrenciais ao longo do nosso passeio. Ok, depois de voltarmos todos aos nossos locais de trabalho, percebi, lá pelo final da tarde, umas nuvens negras encobrindo o céu da Asa Norte de Brasília. “Danou-se. A vingança começou. A Lalá tem poderes”, pensei. Apavorei-me. O que fazer? Precisamos conseguir o perdão dela antes do feriado. Matutei, matutei, matutei e... cheguei a uma conclusão. Mulher adora poesia, né? Pois farei uma especialmente pra ela. Pedindo perdão pelo vacilo das duas bispas do conclave mal acabado e solicitando a sua clemência, escrevi o poema que peço autorização a ela para compartilhar aqui com vocês.

Querida Lalá,


Compreendo o vosso horror,
diante de tanta desfaçatez.
Mas peço-lhe, por favor:
perdoe-nos de uma vez.

Contarei a todos, agora,
o que está acontecendo.
Pois a praga desta senhora
já está acontecendo

Tiramos, de nossas mentes,
um projeto fascinante:
No feriado de Tiradentes
pegaremos no volante

O destino é famoso
por suas belas cachoeiras.
Mas Pirenópolis, lugar formoso,
está gerando ciumeira.

O problema, minha gente,
foi ruído de comunicação.
Organizando tudo de repente,
criou-se grande confusão

Alegres, mas distraídas,
duas jovens tomaram à frente.
Organizaram nossa ida,
mas esqueceram de mais gente

Entre hotéis, mapas e planos,
Não lembraram de avisar,
a alguém que adoramos,
que iríamos viajar

A vítima desse alvoroço
foi a cara e feliz Lalá.
Soube de tudo no almoço,
entre javali e guaraná.

Pega assim, tão de surpresa,
ela quase engasgou.
E depois da sobremesa,
uma praga nos rogou.

Olhou pro céu, mordeu uma uva,
conversando com os santos.
Pediu a eles muita chuva,
deixando-nos quase em prantos.

Houve escusas e arrependimento,
só que tudo foi em vão.
E logo, logo o firmamento
nos trouxe chuvas de montão

Escrevo-lhe com esperança
de desfazer a sacanagem.
Que venha logo a bonança,
antes mesmo de nossa viagem.

Não te sintas, cara Lalá,
por estes tontos excluída.
Vá conosco para lá,
pois te daremos boa acolhida.

Rogo aqui por sua clemência,
diante de todos vocês.
Se for preciso peço interferência
do novo Bento 16.

8 comentários:

Anônimo disse...

Poderosa, eu? Imagina... Nem se eu realmente quisesse e nem se eu fosse sobrinha de São Pedro (como vc chegou a insinuar), eu não poderia porque Deus protege as crianças, os inocentes, os esquecidos e os bem-intencionados. Vcs se enquadram nas últimas categorias...
Meu amigo, não esquente, apesar de ser uma taurina tipicamente ciumenta, eu não desejo vinganças ou o mal de ninguém. Nem precisava do poeminha, apesar de eu ter ADORADO!!
Beijos.
Lalá

Anônimo disse...

Pessoal, realmente o feriadão foi nota 10! Pena que os nossos companheiros Wagner e Vivi trocam qualquer cachoeira, amanhecer, café da manhã e etc, por algumas horinhas a mais de sono. Posso afirmar, sem medo de errar, que dos quatro dias de feriadão, pelo menos dois o casalsinho soneca dormitou o sono dos injustos. No primeiro dia até pensei que fosse resultado do ambiente bucólico, por que não dizer afrodisíaco da bela Piri, que justificava tanto tempo dos pombinhos na sua gaiolinha, mas aquelas olheiras enormes em pleno meio dia condenava: era muito sono mesmo...
Valeu amigos, da próxima levarei um guaranazim em pó para podermos desfrutar mais da cia tão agradável de vcs.
Abçs,
Giggio

criminal disse...

valei-me santa francisquinha
que est'alma nao dá sinal!
no email, nenhuma linha
terá caído na graça do mal?

mas detoubab é assim mesmo
e agora tem uma vida andante
eu também teria sem medo
se caísse nas graças de véviannyh.

annahutche sabe de tudo
e me disse na aurora:
"waji não é um eunuco
ele te escreve a qualquer hora".

Anônimo disse...

Com certeza não faltará oportunidade pra Lalá ir com a gente pra Piri, afinal a galera ADOROU o passeio, a pousada, a cidade, a comida, a cachoeira e a cama (certo Wagner e Vivi?)... Vamos combinar outros finais de semana como esse... Foi 10!... AMO VCS!!! BEIJINHOS,
JANE

Anônimo disse...

Caramba, quem lê isso aqui pensa que Wagner e eu nascemos pra dormir!!!! Não é bem assim, meus caros amigos...Preciso explicar: Jane e Giovanni acordam às 6h30 de um feriadão!!! Só acordo essa hora se tiver doente (ou um compromisso profissional). *** Seda: Meninos, saibam que também apreciamos muitíssimo a compahia de vocês. Beijos a todos, Vivi.

Anônimo disse...

Caramba, quem lê isso aqui pensa que Wagner e eu nascemos pra dormir!!!! Não é bem assim, meus caros amigos...Preciso explicar: Jane e Giovanni acordam às 6h30 de um feriadão!!! Só acordo essa hora se tiver doente (ou um compromisso profissional). *** Seda: Meninos, saibam que também apreciamos muitíssimo a compahia de vocês. Beijos a todos, Vivi.

Anônimo disse...

Caramba, quem lê isso aqui pensa que Wagner e eu nascemos pra dormir!!!! Não é bem assim, meus caros amigos...Preciso explicar: Jane e Giovanni acordam às 6h30 de um feriadão!!! Só acordo essa hora se tiver doente (ou um compromisso profissional). *** Seda: Meninos, saibam que também apreciamos muitíssimo a compahia de vocês. Beijos a todos, Vivi.

Anônimo disse...

Caramba, quem lê isso aqui pensa que Wagner e eu nascemos pra dormir!!!! Não é bem assim, meus caros amigos...Preciso explicar: Jane e Giovanni acordam às 6h30 de um feriadão!!! Só acordo essa hora se tiver doente (ou um compromisso profissional). *** Seda: Meninos, saibam que também apreciamos muitíssimo a compahia de vocês. Beijos a todos, Vivi.