domingo, janeiro 09, 2005

Ele voltou... o mosquito voltou novamente...

Algumas pessoas devem lembrar da sanha perturbadora dos mosquitos que, no mês de outubro do ano passado, invadiram a minha região ocular. Eu disse O-CU-LAR, referente aos olhos, viu? Quem não lembra pode ler aqui para saber o que aconteceu. Vou dar uma colher de chá. Foram dois "ataques" ao mesmo olho direito em dois dias consecutivos, algo que desafia a teoria de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Pois é. Acho que devo ter feito muito mal aos mosquitos na encarnação anterior. Numa das madrugadas da semana passada, levantei-me, como de praxe, para fazer o meu xixizinho habitual. Quando voltei pra cama, o drama! Sabe aquele mosquitinho sacripanta que perturba o seu sono, dando razantes no pé do seu ouvido? Horrível, né? Aquele sonzinho, repetitivo e estridente, enlouquece até monge em férias. Mas, o que dizer de um mosquito ainda mais atrevido que, não satisfeito apenas em provocar os assombrosos acordes, decide desbravar o alvo de seus tormentos? Juro como é verdade. O safado deu um mergulho destemido e certeiro no meu ouvido. Deve ter atingido uma velocidade assustadora, pois dei um pulo da cama devido àquela invasão inesperada. Foi um tormento. Uma angústia indescritível. O bicho entrou com vontade no meu tímpano esquerdo e, de lá, parecia querer chamar a família toda para aproveitar o balneário que deve ter encontrado em meu interior. Fazia muito barulho. Além do zumbido, eu sentia as suas asas batendo, provocando em mim uma sensação que variava da revolta ao desespero. Resolvi contra-atacar. Meti o dedo no orelhão, determinado a acabar com a farra não autorizada daquele voador. Depois de muitas "auto-dedadas-auriculares" acho que venci. Não sei se o removi de lá, mas certamente o matei (ou ele se suicidou). Ao acordar, narrei o fato a Vivi, que percebi zombar de mim por dentro. Mas, como aqui se faz, aqui se paga, ela aprendeu que não se deve zombar do sofrimento alheio. Quando voltávamos dos nossos trabalhos — eu ao volante e ela ao meu lado — e conversávamos sobre o nosso dia de jornada, eis que ela interrompe o que dizia. Olhei pro lado e vi que ela estava meio sem ar, com o rosto vermelho e os olhos querendo encher de lágrimas. Estava engasgada. Pensei que houvesse engolido o chiclete, artigo que passou a consumir com irritante freqüência ultimamente. Que nada!! Meteu o dedão na goela e de lá retirou, entre muita baba (erg!), o cadáver de um mosquitinho... Não resisti às gargalhadas. “Tá vendo? Em boca fechada não entra mosquito”, zombei. Vamos ver quando será o próximo ataque. Por via das dúvidas, penso em passar a usar máscaras que cubram, além de olhos, nariz e boca, também o ouvido.

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