sexta-feira, janeiro 14, 2005

As soluções - ou sugestões

Ao longo desta semana, vocês leram algumas idéias minhas a respeito das inúmeras causa da violência com que somos brindados diariamente. Longe de mim ousar ter as respostas capazes de pôr fim a essa assombrosa realidade. Quando tiver esse poder, me colocarei à disposição de algum governador para ocupar o cargo de secretário de segurança pública. Mas isso não me impede, porém, de deixar aqui expressas algumas sugestões que, caso não tragam os benefícios que todos queremos, certamente não causarão danos maiores do que os verificados hoje.
Algumas dessas idéias já devem ter ficado claras dentro dos textos que escrevi (se você ainda não os leu, ainda há chance. Estão aqui embaixo). Portanto, vamos por partes.
Primeiro, acho, sim, que o desarmamento deve ser uma política constante neste país. É preciso acabar com a cultura de que uma arma em casa ou no porta-luvas do carro representa algum tipo de proteção. Por mais que uma pessoa de bem esteja munida de uma arma, o bandido sempre terá uma melhor - e a usará com maior agilidade. Com isso, não quero dizer que devemos facilitar a vida dos marginais, deixando que armas lhes caiam às mãos com a absurda facilidade e conivência como ocorre atualmente. Punições rígidas para quem não tem o direito de portar arma e mais rígidas ainda para aqueles que facilitarem e promover o comércio ilegal deste produto. Sejam eles civis ou militares.
O segundo ponto diz respeito à bebedeira generalizada e descontrolada que toma conta do Brasil. Nada de lei seca, arbitrariedades ou conservadorismos. Mas alguma forma de controle, não só da venda, é necessária. Os argumentos para isso, estão aqui.
O terceiro ponto é a descriminalização do uso e da comercialização das drogas. Claro que com as devidas salvaguardas de saúde e de segurança pública. A medida é radical? é. É polêmica? muito. Vai dar trabalho? demais. Mas ignorá-la ou pelo menos não discuti-la só vai é deixar as coisas exatamente como estão.
Esses seriam os três pontos centrais. Mas ainda há muitos outros. Nem vou citar mais que é fundamental se investir em educação e saúde e promover um crescimento econômico capaz de gerar emprego em renda. O que acho mais importante ressaltar é que combater a violência exige medidas firmes, duradouras. Além disso, é preciso que todas sejam tomadas ao mesmo tempo e ininterruptamente. Somados às três medidas que citei aqui, ainda defendo uma ação pente-fino em favelas e áreas críticas em todas as cidades. Não apenas de caça aos bandidos, mas ações sociais que resgatem a auto-estima e estabeleçam de vez um senso de cidadania para essas populações. É urgente, prioritário, urbanizar essas áreas, dar boas condições de vida a essas pessoas, promover ações educativas e de saúde constantes nesses locais. Exemplos isolados, como alguns que acontecem em certas favelas do Rio, são perfeitos. Mas sozinhos não combatem o mal maior. Todas essas medidas, repito, devem ser tomadas de uma vez só. E, o que é fundamental, a participação e o comprometimento de todos é indispensável.

Um comentário:

Anônimo disse...

Apoiado! Se depender do meu voto, já tá eleito!
Lalá