quarta-feira, dezembro 15, 2004

Vamos pensar?

Na semana passada, comentei, entre os assuntos que haviam sido destaque nos noticiários, uma série de modificações relativas à política de saúde da mulher. Elas incluiam, por exemplo, discussões em relação à atual legislação sobre o aborto. A cobertura da imprensa a respeito do assunto, pra variar, vem se mostrando conservadora por insistir em sobrepor o bem-estar da mulher aos dogmas da igreja. Dê uma lida neste texto, independentemente de sua opinião sobre o aborto, para entender que a liberdade de escolha e a liberdade de imprensa precisam se tornar, de fato, uma realidade em nosso país.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu não sou o que poderíamos chamar de "a favor do aborto" - principalmente se ele for visto como método anticoncepcional. Mas sou a favor de sua legalização para que a decisão sobre ter ou não o babay seja da própria mulher. Afinal, o corpo é dela e só ela sabe se terá condições - emocionais e financeiras - para criar uma criança. Melhor não ter que deixar por aí ao léu, como se vê tanto.
Bjo,
Lu.

> PS: Já consertei teu link, viu!

Wagner Vasconcelos disse...

Grande Lulu!
Tão novinha e já tão consciente.
Obrigado por me "linkar" no seu blog, viu?

Beijão

Anônimo disse...

Pereito!
Estado e Igreja não podem ser confundidos. A mulher deve ter o direito de decidir pela sua integridade física, moral e emocional. Se o feto é ou não é vida, tem ou não tem alma, não deve entrar nessa discussão. Como essa discussão tem sido basicamente religiosa e não científica, a questão de prícipios aqui é completamente relativa. E voltamos aos tempos da censura de costumes: não fica bem dizer por aí que é a favor do aborto. Então, para limpar nossa consciência confusa, usamos alguns eufemismos, como dizer que somos contra, exceto em caso de estupro ou risco de vida para a mãe ou o feto. Ora, porque não somos honestos e discutimos tudo às claras? Por que não assumir que o aborto é uma prática que sempre foi usada e continua em uso? Quem prova que tal legalização seria um incentivo à prática? Diga qual mulher optaria por essa prática de forma tranqüila, como quem vai ao dentista?
A sociedade brasileira e a imprensa são cúmplices nessa hipocrisia sem fim. Às vezes acho que continuamos a viver a Inquisição. À fogueira os pobres, os analfabetos, os negros, as putas, os viciados, os meninos de rua, os sem-terra, os sem-teto e todos os outros excluídos que não me lembrei de citar aqui.
Beijo.
Ana
(desculpe, isso foi um desabafo de uma pessoa cansada e gripada, portanto, mal-humorada)

Wagner Vasconcelos disse...

Lala. Comentário genial o seu(imagine se vc não estive cansada e gripada, hein?). Assino embaixo, de olhos fechados, no escuro e de costas. Melhoras!
Beijão