O
sentimento antiflamenguista é, no final das contas, a expressão do
reconhecimento de algo muito especial que gravita em torno do Mengão. Os
antiflamenguistas saboreiam as vitórias de seus times sobre o rubro-negro
(ainda que magras) com um entusiasmo infinitamente superior ao que dedicam
quando a vitória se dá sobre outros times.
E
estão certíssimos ao fazê-lo. Afinal, em termos futebolísticos, o Flamengo
(embora capengando nos últimos tempos), é, e sempre será, o inimigo público
número 1, o time a ser vencido.
O
antiflamenguista é tão visceral em sua crítica ao Flamengo porque sabe que o
time da Gávea tem a maior e mais apaixonada torcida do Brasil, ainda que na
maioria das vezes essa paixão seja exercida de forma estúpida, reconheço.
Não
me proponho, aqui, a fazer ode ao Flamengo. De certa forma, é até mesmo o
contrário. Meu time de coração tem vacilado técnica, tática e até mesmo
intelectualmente nos últimos tempos. A contratação do moribundo Adriano é uma
das provas disso (embora essa seja uma discussão pra depois).
Pretendo,
isso sim, agradecer ao antiflamenguista (seja ele da agremiação que for) pela
homenagem involuntária que presta ao meu time. Homenagem, sim. Fosse o Flamengo
um time qualquer, desprezível ou desimportante, jamais receberia tanto a
atenção e, principalmente, os impropérios que lhe dedicam.
Permaneçam
vorazes em sua críticas, impiedosos em seus comentários, ferinos em suas
adjetivações, mas, ainda que secretamente, reconheçam que, sim, há algo muito
especial no reino do urubu, que, por mais que desperte o ódio declarado de muitos,
revela, no fundo, a admiração de todos.
E
sejamos pacíficos. Porque esporte é só esporte.
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