quarta-feira, janeiro 11, 2006

A febre JK

Notaram a febre JK que a Globo está conseguindo disseminar? Não, nada contra o finado presidente que ergueu a cidade em que atualmente moro, mas, na minha opinião, estão endeuzando muito o cara. Não que eu satanize a figura do cidadão, mas acho que o tom da trama não corresponde à realidade. Daqui a pouco, vão defender a beatificação dele. As capas das revistas, os programas de TV, os jornais... todo mundo só fala em JK. Não que isso seja ruim. Muito pelo contrário. Precisamos respirar história neste país — tão alheio ao seu passado quanto desatento ao seu presente. Mas há exageros. Se não na quantidade, na qualidade.
Bem, mas isso são fenômenos midiáticos que, em (sub)nações como a brasileira reverberam em alta velocidade.
Mas o que eu quero dizer é que costumo ser benevolente com as chamadas minisséries que a Globo vez por outra resolve exibir. Até mesmo com a JK. Pelo menos em termos técnicos, admito que a Vênus Platinada deixa pouco a desejar. Mas, no capítulo de ontem, uma falha gritante me chamou a atenção. Não sei se vocês notaram, mas quando o personagem JK e a sua então namorada Sara caminhavam pela praia, havia um monte de surfistas no mar!!! Gente, a caminhada em questão ocorreu em 1930, antes do casamento deles. Nessa época, só os havaianos e alguns poucos gatos pingados deviam saber o que era pegar onda. E garanto que num estilo bem diferente do que ocorre hoje. Mas o pior foi quando, ao focar o JK, a câmera deixou aparecer, ao fundo, um body boarder pegando uma onda. Registre-se: o esporte bodyboarding surgiu nos anos 70, quando JK passou desta pra melhor.

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