Invetem um título. Eu não sei...

Por causa da Cúpula América do Sul-Países Árabes, Brasília virou a terra das Mil e uma Noites. Está tudo de cabeça pra baixo por aqui. Inclusive os objetivos do encontro, ao que tudo parece. Alguns dos mais importantes representantes das Arábias não deram o ar da graça, como o novo presidente do Iraque ou o rei da Jordânia. Por isso, muita gente já andou jogando ao vento a teoria de que o encontro terá o mesmo peso político-econômico que um debate entre monges em visita a Alto Paraíso, em Goiás. Além das ausências, o maluco do Kirchner, sabe lá Deus qual o “pití” dessa vez, voltou pra sua Argentina querida antes do fim do evento, surpreendendo a todos e certamente irritando a muitos. Claro que a turma da especulação já colocou as asinhas de fora. “É a prova de que o mal estar entre nós e eles, alardeado na mídia há alguns dias, é verdadeiro”, certamente será a versão mais comum. Pra falar a verdade, acho que a Cúpula está sendo mais movimentada e comentada pelo que não planejou.
O trânsito daqui é o exemplo mais translúcido disso tudo. Várias áreas da cidade estão fechadas. O Eixo Monumental, vejam só, está em grande parte interditado. Quem tem de passar por lá que se vire. Passei maus bocados na segunda-feira, mesmo antes de o evento ser iniciado. Perdi cerca de vinte minutos preso num engarrafamento. Para os níveis de Brasília, isso é uma eternidade. Não entendi a razão de algumas dessas interdições. E certamente não fui o único. Tanto é que, de uma hora pra outra, decretaram ponto facultativo pro servidores federais. Os setores hoteleiros estão fechados. Pra entrar lá, pelo que vi, só se submetendo a um “baculejo”.
Mas acho tudo isso legal. Vou poder contar pros meus netos, ou para os netos dos outros, que vivi esse momento – seja lá que resultado ele trouxer, se é que vai trazer algum.
Olha, me perdoem. Estou com vontade de comentar sobre mil assuntos hoje, mas estou meio sem paciência. Tenho algumas coisas pra fazer, mas também me falta coragem no momento. Viajo, mais uma vez, amanhã. Dessa vez, vou pra terra do Pantanal. Quisera eu estar indo a turismo. Iria fotografar tudo: de jacaré vesgo do papo-amarelo a tuiuiú órfão e deprimido. Mas vou a trabalho. Nem chegarei perto do Pantanal. Não desta vez. Ficarei apenas em Cuiabá. Mas sexta-feira eu voltarei. Aí, sim, com mais disposição e assuntos pra comentar.
Fui!!!