segunda-feira, janeiro 03, 2005

O jogo do Rio

Vocês lembram quando fui ao Rio para uma reunião de trabalho que acabou num churrasco de confraternização e numa partida de futebol? Como lhes disse na ocasião, dividimos o pessoal da revista em dois times: Administração e Redação. Abaixo, vocês podem ler a crônica do jogo escrita pelo meu amigo Jesuan Xavier, que, assim como eu, jogou no time da redação. O texto está um barato, vale a pena lê-lo. Mas, atenção. Ao final, faço algumas observações tanto sobre o texto quanto sobre a postura de alguns dos jogadores. (ah, para os que não sabem, o Vava, que ele menciona na crônica, sou eu, tá?). Segue o texto

REDAÇÃO FICA COM O TÍTULO RADIS/2004
Administração promete recorrer

Por Jesuan Xavier

Numa partida emocionante, decidida apenas no chamado Gol de Ouro, a equipe da Redação levou para casa o troféu Radis/2004. Após empatar em três a três no tempo normal de jogo contra a Administração, o meia Jesuan surpreendeu ao chutar da entrada da área, quando todos esperavam o cruzamento.
O gol selou o final de uma partida disputada mais com a garra do que com a técnica. A imagem dos atletas extenuados, deixando o campo de jogo, no estádio Fiocruz, na Avenida Brasil, deixou claro: ninguém ali queria perder.
Inconformada com a derrota, Justa “Miranda” prometeu entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). “Todo mundo viu que o terceiro gol deles (marcado pelo brasiliense Vava, que teve sua escalação confirmada apenas na última hora) foi inválido. A bola não entrou”, esbraveja ela, enquanto o time da Redação ignorava por completo sua reclamação e ainda comemorava o título aos gritos de “É Campeão!”.
Carregada no colo por seus companheiros, a atacante Kátia Machado não conseguia esconder a emoção. ”Deus foi muito bom pra mim. Me deu a oportunidade de marcar dois gols numa final”.
Artilheira do time, ela se recusou a falar sobre propostas para jogar a próxima temporada no exterior. “No momento, só penso em comemorar essa conquista”.

ATUAÇÕES

REDAÇÃO

Aristides – Foi quase um goleiro. Jogando como beque-parado, deu muita segurança à defesa. Nos momentos em que se arriscou ao ataque, deixou o time vulnerável. Nota 7.

Jorge – O cérebro da equipe. Todas as bolas passavam por seus pés. Procurou transmitir tranqüilidade aos mais novos (Samir). Nota 7.

Samir – Uma grande promessa. Precisa apenas tocar mais a bola. Nota 7.

Hélio – O motor do time. Disputou todas as bolas, correndo o campo todo. Os dois primeiros gols surgiram de jogadas suas. Nota 8.

Kátia – Artilheira nata. Duas chances, dois gols. Nota 9

Vava – O esforço de ter vindo de outra cidade, às pressas, não foi em vão. Marcou um gol e deu muito trabalho à defesa adversária. Nota 8.

Jesuan – Marcou o gol que deu a vitória ao time. Não precisava ter feito mais nada. Nota 7.

ADMINISTRAÇÃO

Fábio - Uma verdadeira barreira lá atrás. Nas poucas vezes em que se arriscou ao ataque, criou boas oportunidades, e ainda perdeu um gol feito. Nota 7.

Oswaldo – Marcou um gol e deu passe para outro. Mas foi visto bebendo antes da partida, o que pode ter comprometido sua atuação. Nota 7.

Alan – Demonstrou muita habilidade, mas pecou pelo individualismo. Nota 6.

Rogério – Entrou com todo o gás, fez boas jogadas individuais, mas cansou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, apenas andou em campo. Nota 6

Guilherme – Incansável na marcação. Roubou várias bolas. Nota 7.

Justa – O uniforme não era adequado, entrou tardiamente em campo, e ainda reclamou muito da arbitragem. Mas, mesmo assim, fez uma boa partida e um belo gol. Em alguns lances, só foi parada com faltas. Nota 7.

Onésimo – Distribuiu bem a bola, tocando sempre para o companheiro melhor colocado. Ainda marcou um belo gol. Nota 8.



Observações (por mim mesmo)

Olha, preciso dar alguns esclarecimentos.
O primeiro deles é em relação à atitude anti-desportiva da atleta do time da Administração, Justa "Miranda". O gol marcado por mim foi mais claro do que as águas do Caribe nas calientes manhãs de verão. Inquestionável. Não só porque fui o autor da façanha, mas porque a bola realmente entrou. A atleta será punida com suspensãoe ainda responderá a processo por injúria, calúnia, difamação e danos morais contra a minha pessoa, que se encontra em depressão por ter tido a proeza tão duramente criticada. O STJD já nos deu ganho de causa e a Justiça Divina fará o mesmo. Amém.

A segunda observação é em relação à nota atribuída a mim pelo generoso cronista. É verdade que marquei um gol, mas a minha nota, para que a Justiça neste país se concretize, não deve ser maior que 3,7. Inclusive, devo lembrar que o referido cronista jogou e joga muito melhor do que todos ali, pois é um peladeiro constante e incansável do bairro de Copacabana.

Outra observação é em relação à participação do Hélio. Realmente o cara bate uma bola legal. No entanto, merece ganhar o "Troféu Fominha 2004". Era mais fácil ele passar dinheiro pra mim do que passar a bola. Por um momento, pensei estar jogando no time adversário. Mas depois vi que o cara é fominha mesmo!

Por fim, é preciso salientar que, com exceção da criançada, no próximo torneio todos os atletas serão submetidos ao anti-doping, pois foi notória a influência maligna do álcool no desempenho de alguns jogadores (inclusive deste que lhes fala...)

No mais, ah-ah, uh-uh, o troféu é nosso!!!

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